não importa que da despedida não fique nada.
nem os lábios trêmulos que disseram adeus
nem os olhos umidos que disfarçaram lágrimas.
nem os lábios trêmulos que disseram adeus
nem os olhos umidos que disfarçaram lágrimas.
não importa que não fique nada.
o aceno parcial, de alguns dedos,
nem a força daquela útima batida de porta.
o aceno parcial, de alguns dedos,
nem a força daquela útima batida de porta.
não importa
se nada da despedida vai ficar,
nem incertezas, nem convicções
se nada da despedida vai ficar,
nem incertezas, nem convicções
já bastam as outras coisas
que vão ficar..
que vão ficar..
do muito que nos vimos
vai ficar pelo menos um olhar.
vai ficar pelo menos um olhar.
de tudo o que dissemos
pelo menos uma palavra vai ficar.
pelo menos uma palavra vai ficar.
do quanto nós fizemos
pelo menos um gesto vai ficar.
pelo menos um gesto vai ficar.
e de tanto que nos amamos
pelo menos um pouco de amor há de ficar.
pelo menos um pouco de amor há de ficar.
e pelo que vimos, pelo que dissemos
pelo que fizemos, pelo que amamos
pelo menos em lembranças, um no outro vai ficar.
pelo que fizemos, pelo que amamos
pelo menos em lembranças, um no outro vai ficar.
(Ronaldo Cunha Lima)
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